[2010] Colégio Cenecista Visconde de Mauá – Gramado

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Local: Colégio Cenecista Visconde de Mauá

Cidade: Gramado

Tipo de estágio: Profissional

Estagiários em 2010/II: Osvaldo Amorim (osvamori@uol.com.br)

Equipe: Ubirajara Gomes da Silveira (diretor da escola); Jeferson Leandro da Silva e Grasiela Gil da Rosa (SSE); Jacqueline Flores Brandt (SOE); Luiz Carlos Vattos (relações Institucionais); 30 professores e mais 22 colaboradores nas diversas funções.

Psicólogo Responsável: Dulce Anita Schwaab Fioreze

Carga Horária: 18 horas semanais, sendo 16 horas com a orientadora da escola e 2 horas com a psicóloga
Possui seminários: não

 

APRESENTAÇÃO DO LOCAL

O Colégio Cenecista Visconde de Mauá em Gramado iniciou suas atividades em 1962. Integrado rede da Campanha Nacional de Escolas Comunitárias. Equipe responsável pelo estágio: um professor, um pedagogo e um psicólogo. População atendida pelo local o perfil dos usuários do local são alunos da escola, cujos serviços oferecidos iniciam desde a educação infantil (três níveis Jardim I, Jardim II e Jardim III), todas as séries do ensino fundamental nove anos (séries iniciais e finais) e ensino médio, para os três anos. Embora a escola ofereça ensino profissionalizante – Curso técnico em Guia de Turismo, este perfil não é atendido. Atividades realizadas pelo estagiário: além das atividades que foram planejadas, novas demandas foram surgindo ao longo do estágio. Das atividades planejadas são: Assessorar orientador educacional para melhor desempenho das atribuições do SOE; acompanhar e entrevistar pais de alunos matriculados nesta escola; entrevistar alunos matriculados nesta escola; entrevistar/diagnosticar alunos matriculados com dificuldades de aprendizagem. Das atividades que surgiram foram: entrevistar/diagnosticar alunos matriculados que venham a ser vítimas de bullying e os agressores, no sentido de coibir esta prática; auxiliar os professores na lida com alunos que demonstra comportamentos inadequados, caso de bullying. Aprendizagens oportunizadas para o futuro profissional : A habilidade necessária para estágio em psicologia escolar está na psicologia social, visto que convivência em uma instituição de ensino, em diferentes aspectos, tem impacto sobre as pessoas, pois a desigualdade nas relações sociais, a violação dos direitos fundamentais, podem deixar marcas, as quais podem se propagar como uma epidemia. No contexto escolar, esta epidemia é conhecida como bullying, um fenômeno que já é mais bem estudado em outros países. Somente nos Estados Unidos, mais 160 mil estudantes não comparecem às aulas diariamente por medo de sofrer do bullying. No Brasil, ainda não há dados quantitativos que nos possibilitem esse conhecimento. O bullying parece uma brincadeira inocente, mas não é e também não se trata de um ato de violência pontual, de troca de ofensas no calor de uma discussão, mas sim de atitudes hostis, que violam o direito à integridade física e psicológica e à dignidade humana. A pesar de o bullying ser mais comum entre adolescentes de 11 a 13 anos, ele já aparece no ensino infantil, no ensino fundamental séries iniciais e finais, também no Ensino Médio. Neste estágio, pais de alunos ou o próprio aluno vítima, chegam ao atendimento dizendo que não suportam mais as opressões, injustiças e a ridicularização sofridas, manifestando o desejo de deixar a escola. Das competências, em se tratando de grupos, destaca-se a intervenção psicossocial. Sabendo que o bullying está relacionado ao desenvolvimento de baixa auto-estima, ao isolamento social e à depressão, e por conseqüência afeta a capacidade produtiva do “aluno vítima”, enquanto o agressor pode ser levado a adotar comportamentos de risco durante a fase adulta, como alcoolismo, dependência de drogas e até mesmo o uso da violência explícita. A forma de intervenção foi conduzida em dois formatos sendo o primeiro, dirigido aos professores do ensino infantil e ensino fundamental séries iniciais e o segundo formato dirigido aos alunos e seus respectivos professores conselheiros do ensino fundamental séries finais e ensino médio, durante duas aulas de cada professor conselheiro da turma. No primeiro formato teve como objetivo capacitar os professores para que os mesmos conseguissem identificar comportamentos agressivos (verbal ou físico) dos alunos que sugerem práticas repetitivas, como se fosse um “pré-bullying”. No segundo formato o objetivo foi estabelecer um compromisso entre alunos e professores, no sentido de inibir e prevenir a prática de bullying. A esta intervenção foi nominada de “conversando sobre bullying” em duas etapas, sendo a primeira expositiva para explicitar o fenômeno e prováveis motivos pelos quais os alunos consciente ou inconscientemente manifestam condutas agressivas, outra foi na forma de dinâmica de grupo, para que os participantes possam vivenciar como pode desencadear uma conduta inadequada, propiciando que os próprios alunos identifiquem comportamentos que sugerem práticas de bullying, as quais devem ser evitadas. A dinâmica consistia em ler, em grupo, dois diferentes textos, nos quais havia uma descrição de atitudes agressivas. Após a leitura, o grupo criava um plano de ação, que permitisse a inibição da referida prática de bullying.

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